quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Palhacinho é o CARALHO!

Depois de ter que engolir os produtos americanizados como o “Ronald Mcdonald” que serve para levar as crianças a consumir os seus produtos e ainda dividir a mesma nomenclatura com eles PALHAÇO, pensei ter visto tudo.



Mas essa semana fui surpreendido, quando recebi a ligação de um conhecido ao qual já dividi o palco com ele em um espetáculo, fui chamado ao local onde ele estava e me dirigi até o espaço, lá chegando constatei que havia uma reunião entre ele com outro rapaz que também faz teatro em suas horas vagas, fui convidado a me sentar e então vieram as perguntas...

- Rei (intimidade é uma M...) estávamos aqui pensando em nosso novo trabalho e queríamos uma ajuda sua... Respondi que se estivesse ao meu alcance poderiam contar comigo... (minha avó estava certa “Boca fechada não entra mosca”) e perante minha inocente colocação ele indagou:

- Rei estamos querendo saber onde podemos comprar fantasia de palhaço, pois estamos montando nossa nova peça e queríamos comprar a fantasia.
Como assim perguntei não entendendo nada.



- Iremos montar uma peça em que nos estaremos fantasiados de palhaços e levaremos as crianças para o palco e faremos umas brincadeiras e logo a seguir distribuiremos brindes que piscam e fazem barulho, elas irão adorar e nós ganhamos dinheiro.

Confesso, me senti desrespeitado naquele momento na verdade desqualificado não sabia nem o que dizer, respirei fundo e disse que antes de fazerem esse trabalho( se podemos chamar isso de trabalho) seria legal eles buscarem saber melhor o que é o PALHAÇO, indiquei uma ótima oficina que esta para acontecer indiquei sites, blogs, livros e completei dizendo que sempre é bom se reciclar.

Mas não sendo o suficiente, veio outra pergunta.

- Rei será que encontramos isso em São Paulo na 25 de março? Porque amanha estaremos lá comprando os brindes...
Resolvi sair sem dizer mais nada.

Agora fico na duvida, será que era pegadinha?

domingo, 20 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Audiência Pública sobre Cultura

Prezados companheiros e companheiras

Sugiro a todos e todas a participação na Audiência Pública sobre Cultura
organizada pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara Municipal do Rio
de Janeiro.

domingo, 6 de setembro de 2009

O menor festival de palhaços do mundo



O QUE é O FESTIVAL?
O menor festival de palhaços do mundo! As menores cenas, no menor palco, com as menores premiações. Um encontro onde o foco é a brincadeira, onde paspalhos se apresentam e o publico é quem escolhe as melhores cenas. Aqui grande mesmo é o prazer de estarmos juntos dando boas gargalhadas.


QUEM PODE PARTICIPAR?

Palhaços deste mundo ou de outros, sozinhos ou acompanhados, inclusive todo o elenco dos Doutores da Alegria das outras unidades com cenas inéditas ou não.
As cenas devem ter no maximo 6 MINUTOS DE DURAçãO e 2 minutos para montagem e desmontagem com o maximo de 3 integrantes por cena. Caso esse tempo seja excedido, soara uma sirene e o(s) palhaço(s) será ejetado da caixa cenica.

QUANDO SE INSCREVER?
Entre zero hora do dia 14 de agosto e meio dia de 21 de setembro de 2009.

COMO SE INSCREVER?
Mande sua proposta para o e-mail: doutoresbh@doutoresdaalegria.org.br ou pelo correio para Avenida do Contorno, 2646, sala 1502, Santa Efig�nia. CEP: 30110-080, Belo Horizonte, MG, contendo:

Nome do proponente/grupo, numero de RG e CPF do responsavel bem como seu endereço e telefone para contato;

Nome da cena, sinopse detalhada, ficha técnica completa e necessidades técnicas da cena.

Foto recente dos palhaços envolvidos.

Declaração de direitos autorais com autorização do autor ou da SBAT/ECAD, se for o caso.

Foto, DVD ou link para fotos e v�deos online do numero inscrito, caso haja.

O ato da inscrição sera entendido como aceitação das regras deste Festival.

Qualquer outra informação para nos convencer, como por exemplo, a receita do bolo de banana da sua vovozinha.

OBS: A data limite para o RECEBIMENTO do material é 11 de setembro e NãO data limite para postagem.

COMO VAMOS TE ESCOLHER?
Sera criada uma comissão avaliadora, formada pelos Doutores da Alegria da unidade Belo Horizonte;

Oito cenas serão selecionadas;

As cenas serão escolhidas de acordo com a melhor adequação ao perfil do festival, no caso de desistancia de algum dos classificados, entraremos em contato com os autores das cenas em lista de espera;

Entraremos em contato com as cenas selecionadas a partir de meio dia e um minuto do dia 14 de setembro.

QUER SABER MAIS SOBRE O 1 MFMPM?
O Menor Festival Mineiro de Palhaços do Mundo acontecera no dia 26 de setembro de 2009, a partir das 17 horas no Espaço Cultural dos Doutores da Alegria, que fica na rua dos bobos numero zero, ops!! Quer dizer, Avenida do Contorno nº 2646 sala 1502, Santa Efigenia.

Os selecionados deverão chegar ao local da apresentação entre 13h e 15h na data marcada;

O Menor Festival oferece uma ajuda de custo de R$ 30,00 reais pessoa (pela participação), alem de camarim, agua e lanche;

O grupo selecionado devera se responsabilizar pelos custos de seu transporte;

Nossa casa de espetaculos Dr. Escrich oferece as seguintes dimensões: 3 metros de largura, 2,5 de profundidade, 2,8 de altura e 120 cm de quadril. A cena deve acontecer dentro desse espaço cenico;

Equipamento de som b�sico com cd e luz geral;



Não selecionaremos cenas que contenham fogo, sangue e animais, mas toda nudez sera permitida. Hum! Ui Ui!! Fiu! Fiu!

O MFMPM se responsabiliza pela sua propria divulgação de si mesmo;

As imagens produzidas durante o MFMPM poderão ser utilizadas como material de divulgação dos Doutores da Alegria.

TEM PReMIO?
Tem sim senhor! As 3 cenas mais aplaudidas pelo publico receberão um premio surpresa. NãO CONTO! NãO CONTO! NãO CONTO!

ESQUECEMOS DE ALGUMA COISA? Se voce lembrar ou tiver alguma duvida, ligue ou mande um email.


Doutores da Alegria/ Unidade BH.
Telefones:(31) 38899643/ (31) 38899646
doutoresbh@doutoresdaalegria.org.br

sábado, 5 de setembro de 2009

Palhaços - Brasil / França



Palhaços brasileiros e franceses unem-se no programa Enfermaria do Riso

Programa receberá o acalamado projeto francês Le Rire Médecin para uma oficina e conferência no Ano da França no Brasil

No Ano da França no Brasil, o programa Enfermaria do Riso recebe o aclamado projeto francês Le Rire Médecin, que reúne palhaços que atuam em hospitais franceses há 18 anos. A coordenadora do grupo, Caroline Simonds, dará um workshop para os alunos da Enfermaria do Riso e uma palestra aberta à comunidade. O Enfermaria do Riso tem como ação principal a atuação artística dos estudantes da Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) como palhaços em hospitais e enfermarias. A oficina será realizada de 7 a 10 de setembro, na Escola de Teatro da UNIRIO.
“Será uma grande oportunidade para a troca. O Enfermaria do Riso terá bastante a aprender com o Le Rire Médécin, que, por sua vez, verá de perto a atuação dos palhaços brasileiros em hospitais. São parcerias como essa que dão ainda mais valor ao Ano da França no Brasil”, comemorou o diretor de Relações Internacionais do Ministério da Cultura, Marcelo Dantas.



Além da oficina, será realizada uma conferência aberta ao público no dia 10 de setembro, a partir das 10h30, no hotel Sofitel Rio de Janeiro Copacabana. O programa Enfermaria do Riso é convidado de honra juntamente com o Le Rire Médecin e o projeto Doutores da Alegria, fundado e dirigido pelo ator Wellington Nogueira. Na abertura, será apresentada uma exposição fotográfica dos projetos no hall do hospital. O evento também conta com a participação de representantes da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras), do Hospital das Clínicas de Niterói e da multinacional farmacêutica LFB Brasil.

A agenda do encontro também inclui um ciclo de visitas às unidades de saúde parceiras da Enfermaria do Riso: o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), o Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fiocruz, e o Hospital da Lagoa.

O programa Enfermaria do Riso foi criado em 1998, com concepção e coordenação de Ana Achcar, professora doutora da Escola de Teatro da UNIRIO e diretora de extensão. “Eu me sinto premiada ao ver a Enfermaria do Riso ser avaliada por um programa parceiro, com a envergadura e a competência do Le Rire Médecin. É emocionante, porque eles participaram da nossa construção e do nosso crescimento”, comentou Ana.


Serviço:

Oficina

De 7 a 10 de setembro

Escola de Teatro da UNIRIO



Conferência

10 de setembro, às 10h30

Sofitel Rio de Janeiro Copacabana



www.enfermariadoriso.com.br



Os patrocinadores do Ano da França no Brasil ( http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/) são:

Comitê dos patrocinadores franceses:
Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de Comércio França-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSAPeugeot Citroën, Renault, Saint -Gobain, Safran, Thales, Vallourec.

Patrocinadores brasileiros:
Banco Fidis, Banco Itaú, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal, Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro.

Parceria e realização:
TV5, Ubifrance, Aliança Francesa, CulturesFrance, Republique Française,TV Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Cultura, Governo Federal do Brasil, SESC, SESC SP.


Informações para jornalistas:
Assessoria do Ano da França no Brasil: Entrelinhas Comunicação
Contatos: (11) 3066-7700 e franca.br2009@entrelinhas.net
As fotos também estão disponíveis em http://www.flickr.com/photos/francabr2009/e os vídeos, em http://www.youtube.com/francabr2009

sábado, 22 de agosto de 2009

Direito à liberdade!?...


A falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura perseguição política e repressão. Fatos que assolaram vinte e um, longos e duros, anos de história no Brasil. E para um pais que viveu ditaduras ter assegurado direitos de liberdade de expressão, já é um grande passo: pensar e agir não mais são crimes, seja político, moral ou religioso, certo?
Errado!
Pois em Florianópolis esses direitos estão sendo violados quando o secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Carlos Ferreira Rauen, assina em 30 de junho uma portaria proibindo os artistas de rua de trabalharem nos semáforos... Como mostra o texto abaixo:

Para não "perturbar a ordem", Florianópolis proíbe que artistas de rua trabalhem em semáforos

Artistas de rua devem ser proibidos de trabalhar em semáforos?

A Prefeitura de Florianópolis proibiu os artistas de rua de trabalharem nos semáforos, sob o argumento de que eles "perturbam a ordem pública" e causam "transtorno" aos motoristas da cidade. A proibição foi estabelecida por meio de uma portaria, assinada em 30 de junho pelo secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Carlos Ferreira Rauen, após orientação do prefeito Dário Berger (PMDB).

Por tempo indeterminado, aquele que for pego pelos fiscais da prefeitura nas "sinaleiras" - como os semáforos são chamados na cidade - fazendo malabares ou outras manifestações artísticas, terá o material de trabalho recolhido pela prefeitura e, para recuperá-lo, terá que desembolsar um salário mínimo (R$ 465). Na reincidência, o artista "ilegal" será obrigado a assinar um termo circunstanciado e, se for pego pela terceira vez, será preso.

"Sinaleira não é lugar de entretenimento, e sim de atenção", afirma Rauen. "Sou contra uma atividade que perturba a cidade. É um serviço amador que não cabe no novo tipo de sociedade que temos hoje", acrescenta.

De acordo com o secretário, há cerca de 50 malabaristas em Florianópolis, a maioria trabalhando nas ruas do centro ou dos bairros de Trindade e Agronômica, onde ficam a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e a Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina). "Chegaram na prefeitura denúncias de que esses artistas estavam extorquindo e incomodando as pessoas", diz Rauen para justificar a medida.

Para o diretor de teatro Amir Haddad, idealizador e coordenador do grupo carioca Tá na Rua, a proibição é uma afronta à liberdade do indivíduo. "A medida me assusta e me deixa com medo. A rua é um dos únicos caminhos livres em que o ser humano pode se manifestar", afirma.

Entusiasta da arte da rua e dos espaços não-convencionais, Haddad defende que o poder público apoie esse tipo de manifestação cultural. "Eles (a prefeitura de Florianópolis) deveriam estimular essa atividade e pensar em formas de ajudar o artista a evoluir, a descobrir sua aptidão. O que se aprende na rua não poderia ter sido apreendido em outro lugar", diz.

O diretor teatral afirma ainda que a medida vai contra uma tendência no Brasil de "tornar a arte cada vez mais pública". "O cidadão tem que ter a liberdade de se expressar em espaço público. Essa medida impede isso."

Medida xenófoba?
Segundo o secretário, com uma única exceção, todos os artistas que atuam nos semáforos são estrangeiros, a maioria deles de países do Mercosul. Ele afirma que um dos objetivos da medida é impedir que imigrantes estrangeiros permaneçam no país "trabalhando de forma ilegal". "Com a portaria, quem sabe eles não voltam para seus países?", diz.

Já Haddad vê na medida um componente "xenófobo". "Qualquer que seja a nacionalidade, não tem porque não deixar a pessoa se expressar e conseguir seu sustento da maneira que achar melhor. Isso não é um crime", afirma.

Guilherme Balza
Do UOL Notícias
Em São Paulo


As iniciativas acontecem em protesto e articulações da CLASSE ARTISTICA de todo o país , “afinal os artistas também foram peça-chave para a reação, contestação da ditadura”, que pelo sinal teima em voltar...


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Carta de Florianópolis

Os articuladores da REDE BRASILEIRA DE TEATRO DE RUA reunidos em Florianópolis, no dia 19 de agosto de 2009, dentro da programação do Floripa Teatro – Festival Isnard de Azevedo, no evento intitulado “II Encontro de Teatro de Rua da Região Sul, com a presença de 25 articuladores dos Estados de SP, RJ, SC, PR e RS, manifestam-se contra a Portaria da atual gestão da Prefeitura da cidade de Florianópolis que proíbe a atividade de artistas-trabalhadores no espaço público aberto da referida cidade. A Portaria é arbitrária e fere a Constituinte Brasileira – dos Direitos e Garantias Fundamentais Capítulo I dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos no Paragrafo IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

A Rede Brasileira acredita na livre atividade dos artistas-trabalhadores nos espaços públicos e essa Portaria mostra-se como um perigoso retrocesso no atual quadro democrático que o Brasil já atingiu.

A Rede Brasileira de Teatro de Rua criada em março de 2007, em Salvador/BA, é organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo e está presente em vinte e um Estados, que desde já tomam conhecimento deste fato e assinam abaixo juntamente com outras instituições de Circo e de Teatro espalhadas por todo território nacional.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

VALE DA VIDA ou VALE DA RIQUEZA ?

Vale da Riqueza ou Vale da Vida


Amanheceu o sol surge firme e forte como o povo que ele ilumina...
O silencio é quebrado com o som dos rojões que se ressaltam sobre os risos. De um lado as comunidades, do outro amigos (Pro- Jequiti) como os corações cheios de saudades e os olhos mareados de emoções e as lágrimas escorem pelo rosto e a vós se silencia!
A VIDA SE FAZ PRESENTE!!! Revela- se o grande tesouro!!!




E perante tanta riqueza, esse Palhaços que sempre vos fala, prefere sair de cena



e tentar que você amigo também tenha contato com esse TESOURO, mesmo sendo através de fotos e se você tiver sorte vai ser contagiado por essa riqueza que o VALE DO JEQUITINHONHA possui...





VALE DO JEQUITINHONHA o VALE, VALE !!!!!!!!
Saudades, saudades, saudades...


















Para me despedir, prefiro deixar meu até logo e rogo a DEUS pela proteção a todos com a oração que ele nos ensinou...



Pai nosso que estais ai nos céus
Santificado seja o teu nome
Venha a nós e ao teu reino
E que seja feita a sua vontade
Aqui na terra como no céu



O pão nosso de cada dia nos daí hoje!!!

O pão nosso de cada dia nos daí hoje!!!

O pão nosso de cada dia nos daí hoje!!!

E SEMPRE!!!...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Lançamento da revista do “Movimento de Teatro de Rua de São Paulo”



No ultimo dia de 15 de junho de 2009 aconteceu em São Paulo o lançamento da revista do “Movimento de Teatro de Rua de São Paulo”, um material de grande valor histórico que procura retratar as ações desse movimento, trás também em seu conteúdo a carta lançada em 2006 onde grupos, companhias de teatro de rua, pensadores e afins visam à construção de políticas públicas permanentes que garantam a continuidade de pesquisa, produção e circulação do teatro de rua.

Ainda passa pela Mostra de Teatro Lino Rojas em suas edições, com criticas sobre os espetáculos da mostra 2008, onde nossa região esta representada pelo ator e palhaço B com seu espetáculo solo, a comédia “Esperando na Rodô”.




Facchini também representou nossa região no “4º encontro da Rede brasileira de teatro de rua” que contou com a participação de articuladores de 18 estados brasileiros (AC, AM, CE, BA, ES, GO, MA, MG, PA, PE, PR, JR, RR,RN, RO, RS, SC, SP) com a presença do representante Ministério da Cultura, onde foi criado uma carta para afirmar ações e propostas no plano nacional de Cultura.

segunda-feira, 20 de abril de 2009


Introdução
De repente surge entre os vários tons de verde da Floresta Amazônica, e o tom escuro do Rio Negro, um ponto vermelho, que trás junto com ele a insegurança do desconhecido e também o contempla mento perante tanta beleza. Eis então, “Jeca o palhaço caipira” no meio da maior Floresta equatorial do mundo, que é freqüentemente chamada de "Pulmões do Mundo".

A Experiência
Poder passar 12 dias entre em território amazônico, foi uma experiência única, onde me pegava varias vezes me questionando sobre a ação que estava para exercer ali. Estava será “eu” sendo mais um a contribuir com as mudanças ocorridas com aquele povo? Bem para esclarecer, fui parar no Amazonas através do “Projeto Amazonas” em seu primeiro ano, o qual tem a finalidade de realizar ações sociais, no caso assistência a saúde para a comunidade, e esse trabalho é desenvolvido por profissionais tais como: Dentistas, Enfermeiros, Fisioterapeutas, estudantes, professores e um palhaço. Acredito que devem estar se perguntando: - O que faz um palhaço ai no meio?
Pois é eu também me perguntei a mesma coisa, mas assim como no cinema nos filmes do gordo e o magro, onde eles aparecem em alguns filmes com roupas de prisioneiros, não por terem roubado e sim porque estava na hora errada no lugar errado, eu também como paspalho, só que ao contrario, estava na hora certa e no lugar certo, e acabei aqui entre tanta beleza natural, e descobri que entre lindas e diferentes árvores, flores, peixes, botos, enfim... existe um povo que se funde a essa beleza e esses são os tão famosos “Índios da Amazônia”, que o mundo todo já ouviu falar.
Existem hoje varias ONGs e instituições que são destinadas para cuidá-los, tendo em vista que assim como os animais e a floresta, eles também correm o risco de extinção. Não que deixarão de existir fisicamente, mas sim culturalmente.

O choque de Culturas
Desde que o homem branco pisou em terras brasileiras e se considerou donos dela, se achou no direito de impor aos verdadeiros proprietários, os índios, a sua cultura. E essa fusão forçada, apresenta já grandes resquícios como, por exemplo, a língua hoje, na maioria das comunidades por onde passamos o dialeto mais falado é o português, as vestimentas são iguais aos que se usam nas cidades, as músicas, são as que se ouvem nas rádios, a figura do pajé sai de cena e surge o Capitão, tipo um líder comunitário. Isso falando somente em cultura.


O Palhaço em ação

Em nosso primeiro dia de trabalho fomos, para a Casa de Saúde Indígena a “CASAI”, uma estrutura de atendimento à saúde indígena, La vários índios e de varias comunidades, estavam para ser medicados ou aguardando a oportunidade para retornar a sua comunidade. E para iniciar o trabalho eis que entra em cena “O Palhaço”, sim foi essa a escolha do grupo, a arte como uma forma de quebrar o distanciamento e a desconfiança. Apresentei meu espetáculo “ESPERANDO NA RODÔ”, uma comédia que até então por onde passara arrancava risos do público, mas ali foi diferente, pois os temas e os assuntos abordados nela são muitos urbanos, por exemplo: Terminal Rodoviário, La o meio de transporte é barco. Mas só me caiu a ficha em cena, e não foi de todo ruim e os risos surgiam com as atrapalhadas, e logo após apresentei umas esquetes onde busco a participação do publico e pra minha surpresa, eles entraram na brincadeira e as barreiras foram quebradas! E os trabalhos dos outros profissionais começaram a todo o vapor, percorri cada alojamento, levando a alegria do palhaço e no olhar e no sorriso de cada índio surgia à comprovação da aceitação de nossa presença.
E isso empolgou o palhaço, e depois de passar em todos os alojamentos, subi em minha perna de pau, e voltei aos mesmos, instaurando novamente a brincadeira com a magia do circo. Neste mesmo momento uma de nossas profissionais a professora e regente de coral “Crisnaga”, liga o teclado que levara e começa a tocar e cantar melodias, o poder da arte se completa e ao seu redor formou uma roda onde havia de crianças a idosos, todos envolvidos.
Para os dias seguintes, cheguei à conclusão que as intervenções e as gags, seriam a melhor forma de trabalho.

* “Casa Mamãe Margarida”, um local onde atende crianças especiais, como a APAE, perante a cultura indígena essas crianças ficavam escondias em casa, meio que abandonadas, porque para eles essas crianças não conseguiriam sobreviver e se defender perante a floresta, e com esse espaço essa realidade esta mudando. E o nosso trabalho foi realizado com êxito e com muito prazer.


* “Comunidade Nossa Senhora da Aparecida” (Estrada), essa comunidade quem solicitou nossa presença e nos apresentou foi a professora Emilia, que nos mostrou grande amor pela comunidade. La pela primeira, vez me senti realmente na “Santa Ceia”, Assim que chegamos fomos recebidos com uma apresentação da comunidade, feita pelo capitão em uma palhoça e logo após trouxeram os alimentos (peixe, biju, farinha, açaí) para que ceássemos com eles, o que me deixou emocionado foi saber que ali estava o único alimento que eles teriam no dia, e seguindo a cultura local, as autoridades, termos que recebem os visitantes, têm o direito de comer primeiro, depois os homens, em seguida as mulheres e as crianças, isso com um respeito enorme e um amor sem palavras, o trabalho ali foi grande e aprovei toso.

Rio Negro acima.

Enquanto o grupo realiava ações na cidade e comunidades circunvizinhas a São Gabriel, eu, Fernando, Crisnaga, Wanderley, Gabiela, subimos o Rio Negro, junto com o enfermeiro local, o paulista Marcelo Pascual e o José que nos conduziu pilotando a voadeira. Viagem cansativa, com uma parada pra descansar em uma praia de areia muito branca,

claro que aproveitamos para um banho e seguimos até a comunidade de Juriti onde ficamos alojados.
Foram quatro dias atendendo as comunidades ribeirinhas, trabalho abrangente, que veio a somar ao trabalho desenvolvido pelo enfermeiro que atende cento e cinqüenta comunidades ribeirinhas com a média de mil trezentos e cinqüenta pessoas, cada comunidade tem a distancia por volta de trinta minutos a ser percorrido por barco, e é assistida pelo enfermeiro duas vezes ao mês, e o médico duas vezes ao ano. Um dos dados espantosos é o grande número de atendimentos odontológicos que realizamos e podemos diagnosticar que cerca de 90% das comunidades estavam com grande parte dos dentes perdidos ou apresentavam caries. Outro fator é a pressão arterial onde o sal é muito consumido elevando– a.
Para piorar a situação a Amazônia fica em uma área de fronteira e o Rio Negro se torna rota de tráfico de drogas e os índios acabam sendo usados como laranjas, e muitas das vezes acabam como consumidores.
Outra situação que me chamou a atenção e por ironia talvez do destino, desde o momento que chegamos e com todos os coordenadores e profissionais com quem falávamos, ouvíamos dizer que a droga mais consumida entre os índios é a cachaça. E para a tristeza deste palhaço e dos demais do grupo, a cachaça mais consumida, tem a origem e leva o mesmo nome da cidade de deste projeto de ação social: Pirassununga.


Projeto Amazonas
Coordenador: Fernando Lubrechet.
Odontologia: Renata Scatolin, Renata Colturato, Wanderley Scatolin, Bruna Kotake.
Enfermagem: Anna Carolina Silva, Bruna Falbo, Gabriela Scatolin, Naila Oliveira.
Fisioterapeuta: Tânia Batistella Ferreira.
Prefessora e Regente: Cristina Nagayoshi Alves- “Crisnaga”.
Advogado: Carlos Rodrigo Kazu Tagamori.
Estudantes: Felipe Trevisan Ortiz, Frederico Tangerino, Gustavo de Godoy, Ricardo Gaus Filho.
Profissionais liberais: Marcos Pelais, Samuel Aflalo.
Ator e Palhaço: Reinaldo Facchini.


Agradecimentos aos joves e novos amigos: Nadia, Jefferson paraibinha,Dαyliиє, Cristenes , Willian da dançinha ,Jefferson o pipoca, Deyson cabelo moicano, Cristian. Pelo carinho recebido, abraços e saudades...